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Romantismo nas Belas Artes

  • G.F.Ramos
  • 26 de set. de 2015
  • 2 min de leitura

Segundo Giulio Carlo Argan na sua obra Arte moderna. O romantismo e o neoclassicismo são simplesmente duas faces de uma mesma moeda. Enquanto o neoclássico busca um ideal sublime, objetivando o mundo, o romântico faz o mesmo, embora tenda a subjetivar o mundo exterior. Os dois movimentos estão interligados, portanto, pela idealização da realidade (mesmo que com resultados diversos).

As primeiras manifestações românticas na pintura ocorreram quando Francisco Goya passou a pintar depois de começar a perder a audição. Um quadro de temática neoclássica como Saturno devorando seus filhos, por exemplo, apresenta uma série de emoções para o espectador que o fazem se sentir inseguro e angustiado. Goya cria um jogo de luz-e-sombra, linhas de composição diagonais e pinceladas "grosseiras" de forma a acentuar a situação dramática representada. Apesar de Goya ter sido um acadêmico, o romantismo somente chegaria à Academia mais tarde.

O francês Eugène Delacroix é considerado um pintor romântico por excelência. Sua tela A Liberdade guiando o povo reúne o vigor e o ideal românticos em uma obra que estrutura-se em um turbilhão de formas. O tema são os revolucionários de 1830 guiados pelo espírito da Liberdade (retratados aqui por uma mulher carregando a bandeira da França). O artista coloca-se metaforicamente como um revolucionário ao se retratar em um personagem da turba, apesar de olhar com uma certa reserva para os acontecimentos (refletindo a influência burguesa no romantismo). Esta é provavelmente a obra romântica mais conhecida.

A busca pelo exótico, pelo inóspito e pelo selvagem formaria outra característica fundamental do romantismo. Exaltavam-se as sensações extremas, os paraísos artificiais, a natureza em seu aspecto mais bruto. Lançar-se em "aventuras" ao embarcar em navios com destino aos polos, por exemplo, tornou-se uma forma de inspiração para alguns artistas. O pintor inglês William Turner refletiu este espírito em obras como Mar em tempestade onde o retrato de um fenômeno da Natureza é usado como forma de atingir os sentimentos supracitados.

Géricault é outro dos grandes nomes do romantismo na pintura. A sua obra A Jangada da Medusa, pintada por volta de 1819, com a mistura entre os elementos barrocos, o naturalismo e o dramatismo pessoal das personagens, é uma das mais célebres pinturas do movimento romântico.


 
 
 

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© 2015 por Gaybriel Pinto Ramos.

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